24/06/08

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Do 0 de Conduta, transcrevemos com a devida vénia o post OS RICOS QUE PAGUEM A SAÚDE (MAIS OU MENOS):

Só há um pais da OCDE em que o Estado não garante os cuidados universais de saúde. Nos EUA, onde o Medicare garante a saúde dos pobres, todos os outros têm que pagar pelo seu bolso os famigerados seguros. Resultado. No país que mais gasta com a saúde em todo o mundo, 46 milhões de pessoas não têm acesso a nenhum cuidado de saúde, público ou privado.

É a partir deste excelente exemplo de ineficiência e iniquidade que Ferreira Leite que conter as despesas do Estado. Não apresenta um número sobre o SNS que exija a alteração da sua filosofia, o que se compreende quando estamos a falar do serviço público mais eficaz e que, ao contrário de quase tudo no país, se encontra entre os melhores do mundo. Os ricos que paguem a saúde, parece ser o mote deste novo PSD. Como os ricos já não põem os pés no serviço público, fica-se sem perceber onde é que este serviço universal empobrecido vai melhorar o que quer que seja. A não ser, claro, que Ferreira Leite pretenda mexer no bolso na classe média e média-baixa. A mesma que já se encontra sobreendividada, recebendo salários de mil e poucos euros para pagar 500 ao banco pela prestação da casa.

Ferreira Leite começou a sua campanha mostrando-se preocupada com a pobreza e o empobrecimento da classe média. A sua primeira proposta é coerente. Nivelar por baixo, destruindo o melhor e mais eficiente serviço público para promover a iniciativa privada. O “novo” PSD pode ter menos aparato cénico e ser menos histriónico, mas é apenas uma nova embalagem para a demagogia de sempre.

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